quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Matador da Praia Do Cassino

-Paulo Sério Guimarães da Silva (Mais conhecido como Titica)

-Rio Grande do Sul -7 Vítimas







11 de fevereiro de 1999



Bárbara Oliveira da Silva e Felipe Martins dos Santos são mortos e seus corpos aparecem à beira-mar.



10 de março de 1999



Anamaria Soares e Márcio Olinto são mortos e os corpos abandonados em Pelotas.



20 de março de 1999



A menor B.N.G. e Petrick Almeida são atacados a tiros no Cassino. Petrick morre, B.N.G. escapa e é testemunha-chave.



26 de março de 1999



Sílvio Kleinberg e Adriana Simões são encontrados mortos na praia.







Ao longo dos 80km, da mais extensa praia do mundo, só existe iluminação pública em um pequeno trecho ao redor da estátua de Iemanjá. Casais aproveitavam o escurinho e fazia da praia um motel a céu aberto. Entre Dezembro e Março, 5 casais foram atacados por um homem armado de pistola. Apenas um escapou ileso. Ao todo 7 pessoas morrerm. Uma estudante de 14 anos baleada na nuca e estuprada, sobreviveu. Ele era pescador e se chama Paulo Sérgio. Seu objetivo, segundo contou, era superar, em número de mortes, Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, que matou 10 mulheres. Só não atingiu sua meta porque foi preso antes. "O Sul precisava de um motoboy", afirmou, com uma frieza surpreendente. "Eu sou o motoboy do sul, quero ser mais famoso que o motoboy paulista". Paulo Sérgio começou a matar inspirado nas notícias a respeito do maníaco do parque, mas, diferentemente do seu ídolo, não violentava as vítimas. A única exceção parece ser a menor B.N.G., a estudante sobrevivente, que contou ter sido estuprada. "Eu ouvia uma voz me mandando matar", conta o rapaz que tinha 29 anos na época, nascido em um vilarejo de praia vizinho a Rio Grande.







O CRIME







Um dos crimes que o maníaco gaúcho relatou à polícia foi o assinato do vendedor Silvio Luiz Kleinberg, 36 anos, e da professora Adriana Nogueira Simões, 28 anos. Silvio era casado e estava viajando a trabalho. Conheceu Adriana no dia 25 de março na cidade de Rio Grande. À noite foram para beira-mar no corsa bordô do rapaz. Enquanto faziam sexo, o maníaco apareceu por sobre as dunas de vegetação rasteira que rodeiam a praia. Pelo vidro embaçado, apontou uma pistola Tauros 7.65. Identificou-se como policial e mandou o casal colocar a roupa. Em seguida, esntrou no carro, sentou-se no banco de trás com a arma apontada para cabeça do vendedor. Ao perceber que Silvio o observava pelo retrovisor, irritou-se e quebrou o espelho. Depois ordenou que ele dirigisse até uma estrada de terra. Ali, amarrou as mãos do vendedor com o cadarço do sapato e o colocou no porta-malas. Retornou com o carro a praia e, novamente fez os dois descerem e se deitar na areia. "Pelo amor de Deus, não nos mate", gritavam Adriana e Silvio, segundo o depoimento do assassino à polícia os encontrou na manhã seguinte. Quando os policiais chegaram, um grupo de curiosos se reuniu em volta para acompanhar o trabalho da perícia. Entre eles estava o matador, Paulo Sérgio. Esse é o aspecto mais supreendente no comportamento do maníaco gaúcho: Ele matava basicamente para saborear as notícias e os comentários a respeito de seus crimes.







PAULO SÉRGIO







"O Motoboy do Sul", teve a infância e adolescência marcada por maus tratos e uma família desestruturada. "Certa vez, a mãe bateu tanto nele com uma tábua que o menino ficou todo roxo, de molho em uma bacia com água quente", conta a avó Marina Maria Jeses da Silva, 79 anos. A mãe, Neuza Maria Guimarães da Silva, abandonou a família quando Paulo Sérgio tinha 5 anos. Seu pai, que morreria de câncer dois anos mais tarde, colocou os quatro filhos num internato. Mais novo dos irmãos, Paulo Sérgio ficou na instituição por dois anos, mas não conseguia estudar. Até hoje não sabe assinar nem o seu nome. Sérgio não bebia, não usava drogas e visitava a mãe e a avó regularmente, Às vezes, distribuía balas as crianças. Quando adolescente foi pego roubando um rádio e uma bússolo em um barco, denunciado, vingou-se atirando na barriga de seu delator. Foi condenado por tentativa de homicício e ficou preso por 7 anos. Contou que ao assassinar o último casal, tinha um única preocupação: Restavam-lhe apenas 9 balas. Era pouca munição para a lista de mais 30 pessoas que pretendia matar nos meses seguintes. A lista incluia o prefeiro de Rio Grande, Wilson Branco, B.N.G., sobrevivente de seus ataques na praia, e o radialista Charles Saraiva, que cobria assuntos policiais na cidade e fazia reportagem sobre os seus crimes. "Gastei algumas balas atirando em leões marinhos na praia", disse aos policiais. Para cometer a série de assassinatos Paulo elegeu um tipo específico de vítimas: Casais em pleno ato sexual. "São mais fáceis de matar", explicou. "A mulher pe mais fraca e a tendência do homem é de não reagir para protegê-la". Em cada crime, o ritual era sempre parecido. Ele saía à noite para passear pela praia. Observava os casais dentro do carro e escolhia os automóveis mais bonitos para abordar. "Eu atacava os mais boyzinhos". No primeiro ataque, em dezembro, matou os estudantes Felipe Martins, 21 anos, e Bárbara de Oliveira, 22 anos. "Aprimeira vez é sempre mais difícil", "Depois, é como uma partida de futebol: após fazer um gol, a gente faz dois, faz três...". Utilizava as meias das vítimas como luvas. No segundo, na madrugada de 4 de março, milagrosamente o casal escapou vivo. Eram uma menina de 15 anos e um guri de 23, que depois viraram testemunhas. "Não matei porque não agiram". No mesmo mês ele matou Adriana e Silvio, Anamaria Xavier, 31 anos, e Márcio Rodrigues, 30, e Petrick Castro de 18 anos. Petrick estava acompanhado da estudante sobrevivente. Foram as únicas vítimas que não tinham carro. "Eu estava passando por ali, vi eles deitado sem roupa na areia e decidi matá-los"



7 comentários:

Unknown disse...

quando ele foi preso, eu conhecia a piscicologa da cadeia onde ele tava, e bah, ela me disse que o cara era totalmente fora do normal, que fazia até pose pra aparece na tv e nas noticias e tal O_O'

Unknown disse...

bom, agora ele está solto. já cumpriu os 8 anos!!!

Luciana Avila Zanotelli disse...

Gostaria de receber os contatos do proprietário do blog para buscar informações (para projeto de mestrado em ciencias criminais).

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ele continua preso pegou ums 90 anos , não vai ser solto numca , as penas por morte são somadas por cada vítima! !ele está atualmente em charqueadas(Rs)

Unknown disse...

Ele continua preso pegou ums 90 anos , não vai ser solto numca , as penas por morte são somadas por cada vítima! !ele está atualmente em charqueadas(Rs)

Unknown disse...

Ele continua preso pegou ums 90 anos , não vai ser solto numca , as penas por morte são somadas por cada vítima! !ele está atualmente em charqueadas(Rs)